ALMT aprova projeto que autoriza gestão do Hospital Central pelo Albert Einstein em Cuiabá
16/04/2025
(Foto: Reprodução) O contrato de R$ 34 milhões deve ser assinado no dia 22 de abril. Já a inauguração do hospital está prevista para setembro deste ano. Projeto foi aprovado pelos deputados federais da Assembleia Legislativa
Reprodução ALMT
A Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) aprovou, nesta quarta-feira (16), o projeto de lei que autoriza a Sociedade Beneficente Albert Einstein a assumir a administração do Hospital Central, em Cuiabá. A proposta passou por duas votações na Assembleia Legislativa e recebeu maioria dos votos favoráveis.
Com a aprovação, o contrato entre o Governo de Mato Grosso e a instituição deve ser assinado no dia 22 de abril. A expectativa é que o hospital, que está com 98% da obra concluída, comece a funcionar em setembro deste ano, oferecendo atendimento 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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Paralisada por 34 anos, a construção do Hospital Central foi retomada em 2021. O investimento total do governo estadual é de R$ 221,8 milhões. Segundo o deputado estadual Wilson Santos (PSD), a retomada representa “a mais importante obra física da gestão Mauro Mendes”.
A nova Lei de Licitações permite a dispensa de licitação para contratação de entidades com notória especialização, como é o caso do Albert Einstein, segundo justificativa apresentada na Assembleia.
Considerado o 22º melhor hospital do mundo, de acordo com ranking da revista norte-americana Newsweek, o Albert Einstein já administra 36 unidades públicas de saúde, incluindo cinco hospitais em São Paulo, Goiás e Bahia. A expectativa do governo é que a gestão da nova unidade possa gerar uma economia de até R$ 46,8 milhões por ano aos cofres públicos.
Negociação
Hospital Central do Estado
Michel Alvim/Secom-MT
Na última quarta-feira (9), o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), anunciou um contrato de R$ 34 milhões com o Hospital Israelita Albert Einstein para administrar o Hospital Central de Alta Complexidade, em Cuiabá.
Segundo o Mauro Mendes, a negociação com o hospital paulista ocorre há três anos. De acordo com o governador, a fase pré-operacional começará em maio e terá duração de quatro meses, abrangendo contratação e treinamento de pessoal, seleção, aquisição de insumos e instalação de equipamentos.
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O Hospital
Obra no Centro Político Administrativo está parada há mais de 20 anos
Mayke Toscano/Secom-MT
A obra do Hospital Central foi lançada em 1984 na gestão do ex-governador Frederico Campos, e parou três anos depois, em 1987. Em novembro de 2019, o governo apresentou um novo projeto e lançou o edital. A assinatura do contrato para o início das obras ocorreu em outubro de 2020.
A previsão é que as obras fossem concluídas até novembro de 2022 ao custo de R$ 92,9 milhões. Em 2024, a obra de construção chegou a 95% de execução.
O objetivo do hospital é realizar atendimentos de referência em alta complexidade nas especialidades de traumatologia e ortopedia, além de urgência e emergência de trauma.
A unidade terá capacidade para oferecer 1.990 internações, 652 cirurgias, 3.000 consultas especializadas e 1.400 exames por mês. O novo projeto prevê 10 salas cirúrgicas, 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e 230 leitos de enfermaria.
Além disso, a unidade vai dispor um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população mato-grossense.
Fundado em 1955 em São Paulo, o Einstein é uma sociedade civil sem fins lucrativos, dedicada à assistência, à saúde, ensino e educação, pesquisa e inovação e responsabilidade social. O hospital é referência no país, conhecido pela qualidade de serviços médicos e hospitalares. Atualmente, a organização gerencia 31 unidades públicas no Brasil, sendo cinco hospitais.